A liberdade religiosa a que a Constituição do nosso
País se refere, não me parece inteligível a ponto de expressar claramente os
limites de bom senso, da moral e da ética, necessários para que ela não passe
de liberdade a “libertinagem”. Licenciosidade expressa, ao vivo e a cores,
dentro de um “pastorismo” herético, exibicionista e desmedido em métodos e
ações, que “travestizam” o Homem – criado à imagem e semelhança de Deus – em
fantoche do capeta.
O profeta Ezequiel grita para esses “atalhadores”
de ovelhas: “Eis o que diz o Senhor Javé: ai dos pastores de Israel que só
cuidam do seu próprio pasto. Não é seu rebanho que devem pastorear os pastores?
(Ez 34,2)
A
proximidade do final dos tempos, Jesus agrega ao surgimento de um falso “profetismo
carcaraniano” (pega, mata e come), que está expresso neste oráculo de Senhor,
quando ele denuncia: “Ai dos pastores de Israel que só cuidam do seu próprio
pasto”. E com um agravante abominável aos olhos do Senhor: cuidam do próprio
pasto, utilizando como meios para alcançar seus objetivos, a falsidade
ideológica, a lavagem cerebral e a extorsão. Somando-se a isso, a execração
pública a que as ovelhas são submetidas, em detrimento de uma suposta possessão,
onde o diabo, de paletó e gravata, agarra e puxa pelos cabelos o outro que não
se deixa agarrar. E o espetáculo continua.
Quantas vezes Jesus nos alerta nas palavras do Evangelho!
“Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas
por dentro são lobos arrebatadores!” (Mt 7,15). E eles andam por aí. Os lobos
vorazes dos quais nos fala Jesus, transfiguram-se até em leões: “Sede sóbrios e
vigiai! Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge,
buscando a quem devorar. (1Pd 5,8) Por que se deixar enganar? Por que se deixar
conduzir e seduzir por este “pastorismo bolsal”? Para que pedir, onde não se
recebe? Para que buscar, onde não se encontra? Para que bater, se a porta
aberta aponta as veredas do abismo onde você sucumbirá? É disso que o diabo
gosta.
“Porque se levantarão falsos cristos e falsos
profetas, que farão milagres a ponto de seduzir, se isto fosse possível, até
mesmo os escolhidos. Se, pois, vos disserem: Vinde, ele está no deserto, não
saiais. Ou: Lá está ele em casa, não o creiais”.
(Mt 24,24-26)
Nós dizemos que somos cristãos, somos de Jesus,
Jesus é o Senhor da nossa vida e da nossa história, ele é o nosso Salvador e
Redentor, e quando ouvimos falar que ali há milagres, acolá sinais e prodígios,
nem esperamos a constatação de alguém, fazemos questão de ver e fazer a
propaganda gratuita. E Jesus nos diz: “Não saiais. Não creiais”.
Quando amadureceremos a nossa fé? Quando você
deixará de dar ouvidos às vozes da iniqüidade, para escutar somente a voz do
Pastor? Você conhece a sua voz. Ele cuida de você. São Paulo exorta os
habitantes de Corinto, dizendo: “Eu vos dei leite a beber, e não alimento
sólido que ainda não podíeis suportar. Nem ainda agora o podeis, porque ainda
sois carnais”. (1Cor 3,2). Não somos mais bebezinhos que só se alimentam de
leite. Se estamos assim ainda, urge uma conscientização cristã séria e firme,
dentro de um testemunho coerente, sensato e intrépido.
Jesus nos alerta mais uma vez: “Levantar-se-ão
muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da
iniqüidade, a caridade de muitos esfriará. Entretanto, aquele que perseverar
até o fim será salvo. (Mt 24,11-13). Que promessa maravilhosa! Ela reacende no
coração a esperança tantas vezes mutilada, e agora regenerada, restaurada,
renovada pelo poder da palavra do Senhor. “Aquele que perseverar até o fim será
salvo”. Salvos dos falsos profetas; salvos do “profetismo bolsal e herético”;
salvos do “profetismo carcaraniano”; e sobretudo, salvos do capeta, que tem
residência fixa e passaporte.
Antonio Luiz Macêdo
Imagem Google
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